Naquele tempo, os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejurarão”. (Mt 9,14s)
A explicação do Missal cotidiano:
Por fim, a oração sobre as oferendas da missa de hoje:O jejum, além de sinal do desejo de conversão, é também sinal de espera. O próprio Jesus, como os “discípulos de João”, jejuou no deserto, assumindo para si a longa espera do “esposo”. Chegado este, o jejum não tem mais sentido. Depois da ressurreição retomará seu significado, na medida em que o tempo da Igreja, entre o momento que lhe for tirado o esposo e o seu retorno, tem ainda uma dimensão de preparação e construção do reino. O jejum torna-se, então, expressão de tristeza pela separação do esposo e privação de sua presença física, meio para ter o coração livre de vaidades que o impedem de ser disponível aos apelos de Deus, participação nos sofrimentos dos irmãos, nos quais perdura o sofrimento de Cristo. Quando ele voltar, será então possível gozar plenamente dos bens criados. O jejum quaresmal tem, assim, essencialmente uma conotação eclesial: está ligado aos dias que a Igreja na terra dedica à espera e à preparação.
Ó Deus, nós vos oferecemos o sacrifício da nossa observância quaresmal para que tenhamos maior domínio sobre nós mesmos e nossas vidas vos sejam agradáveis. Por Cristo, nosso Senhor.
Amém!