A liturgia das horas (ou oração das horas) é uma antiga tradição eclesial, preservada até hoje especialmente nos mosteiros e conventos, mas à qual estão obrigados todos os clérigos por força da lei canônica. Mas, isso está longe de descrevê-la.
Rezar as horas é inserir o dia de cada um e de toda a Igreja na ordem divina, desde o nascer do sol até o seu ocaso, e também nas vigílias, no repouso noturno, a todo tempo, enfim, com orações, recitações e leituras apropriadas para cada momento.
As horas, inseridas no tempo criado e santificado pela presença viva do próprio Deus, têm poder e eficácia. Elas são “a oração da Igreja, pela qual são santificados, por cânticos de louvor, ações de graças e orações, tanto o curso completo das horas do dia, como a totalidade das atividades humanas.” Através delas, “o próprio Cristo, quer nos seus ministros quer na memória dos Santos, e principalmente nas de sua Mãe, continua a sua via de imensa misericórdia, de tal modo que os fiéis de Cristo não só comemoram e meditam os mistérios da Redenção, mas entram mesmo em contato com eles, comungam deles e por eles vivem. (ORAÇÃO, p. 10-11)
Mas, não apenas clérigos e religiosos, todos somos chamados a celebrar o mistério divino na liturgia das horas. “O Espírito Santo, que está em Cristo, em toda a Igreja e em cada um dos batizados, é quem realiza a unidade da Igreja orante” (ORAÇÃO, p. 17), e nessa unidade todos nós agimos na Igreja e enquanto Igreja quando oramos.
Essa breve publicação é um convite a que todos oremos e louvemos a Deus, que, em sua infinita misericórdia, enviou seu Filho para nos salvar e nos adotar na unidade do Espírito Santo.
Bibliografia
ORAÇÃO das horas. São Paulo: Paulus, 1995.